Neptuno

Antes de ser visto pela primeira vez, já se suspeitava sobre a existência do planeta Neptuno: um astrónomo, ao estudar a órbita de Urano, nela descobriu algumas perturbações que deveriam ser causadas por influência de outro planeta.

A partir do estudo dessas perturbações, o francês Le Verrier (1811-1877) conseguiu delimitar uma área onde provavelmente estaria o nosso planeta. Seguindo esta instrução, o Observatório de Berlim conseguiu localizá-lo, em 1846, a menos de 1 grau da posição indicada por Le Verrier.

Recebendo o nome de Neptuno, esse planeta foi considerado um dos maiores do Sistema Solar - 49.500 quilómetros de diâmetro - e o penúltimo na ordem de distância do Sol - 4 537 000 000 de quilómetros. Seu movimento de translação dura 165 anos terrestres, enquanto o de rotação é muito rápido: o dia em Neptuno equivale a 16 horas na Terra. Devido à baixa temperatura (-220º), os vapores de metano se condensam na superfície de Neptuno, tornando-o esverdeado. Além do metano, a amónia, o hélio, o hidrogénio e o nitrogénio compõem a atmosfera do planeta, tornando impossível a existência de vida semelhante à nossa.

                                                                                                        Em 1989, a sonda espacial Voyager II localizou, além dos já conhecidos Tritão e Nereida, seis outros satélites. Além disso, descobriu dois arcos de anéis em torno do planeta, provavelmente restos fragmentados de antigas luas destruídas.