Júpiter

A 778 milhões de quilómetros do Sol e 628 milhões de quilómetros da Terra, Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar. Apresenta forma ovalada, com um raio equatorial de 71.300 quilómetros, pouco mais de 11 vezes o da Terra. Seu movimento de rotação é o mais rápido de todos os planetas; 9 horas e 55 minutos. O de translação corresponde a 12 anos terrestres. o planeta gira em torno de um eixo de 3º de inclinação.

Júpiter emite uma luz brilhante que o torna visível quase a olho nu, nas noites de céu limpo. Observando-o ao telescópio, em 1610, Galileu descobriu seus maiores satélites: Io, Europa, Calixto e Ganimedes. Esses quatro corpos podem ser observados com binóculos ou lunetas de amadores. Vistos da Terra, os eclipses que ocorrem nesses satélites mostram avanços e recuos, decorrentes da distância entre Júpiter e o nosso planeta. Hoje, são conhecidos quinze satélites de Júpiter, tendo o último sido identificado em1980, pela Voyager I.

Nessa missão, ficou confirmado que o planeta é constituído por vários tipos de gases, especialmente hidrogénio e hélio, os mesmo que predominam no Sol. Assim, a superfície de Júpiter fica oculta por nuvens espessas que formam faixas coloridas à sua volta.

A Voyager I também comprovou a existência de um campo magnético muito intenso, no interior do qual um plasma atinge a mais elevada temperatura do Sistema Solar: 300 a 400 milhões de graus centígrados - enquanto o interior do Sol apresenta temperaturas que oscilam entre 20 e 40 milhões.

As conhecida listras de Júpiter também foram investigadas pela missão, que as declarou como nuvens e filamentos em permanente movimento. A Grande Mancha Vermelha - localizada no hemisfério Sul do planeta -, além de outras menores, também está incluída nesse turbilhão.

Todas essas manchas são dotadas de um movimento de rotação sobre si mesmas no sentido horário no hemisfério Sul e em sentido contrário no hemisfério Norte. Essa condição torna possível que os aspectos gerais da atmosfera estejam completamente modificados em poucas horas.

Quatro naves espaciais não tripuladas, todas enviadas pelos Estados Unidos, realizaram estudos em Júpiter; a Pioneer X, 1972; a Pioneer-Saturno, em1974; a Voyager I, em Março de 1979; a Voyager II, em Junho do mesmo ano, sendo estas duas últimas as mais produtivas, pois conseguiram um grande número de dados novos sobre o planeta. Os cientistas ainda ignoram se há alguma forma de vida em Júpiter. De antemão, porém, sabe-se que nem mesmo os mais primitivos microorganismos conhecidos seriam capazes de sobreviver nas rigorosas condições ali encontradas.